Devo satisfazer ou dominar o meu corpo?

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Na primeira vez que a minha mãe me levou à ginecologista, após a doutora verificar o meu corpo para ver se estava tudo bem, ela pediu à minha mãe que se retirasse, pois queria conversar comigo sobre a questão sexual.
Neste momento, eu disse a ela que não havia necessidade, pois pretendia ter relações apenas depois de casada e isso iria demorar ainda.
Quando eu falei isso, ela perdeu a compostura e ficou muito nervosa, como se essa ideia fosse absurda e eu estivesse a ofendendo com isso. Eu respeitava a postura dela em relação ao assunto, pois penso que cada um tem o direito de pensar e fazer o que deseja com a própria vida, desde que não leve outros junto com a sua ideia.
Portanto, com muita indignação, ela me explicou que eu não poderia reprimir os desejos do meu corpo, pois isso poderia resultar em doenças e afetar o meu desenvolvimento.
Simplesmente respeitei a posição dela e não falei nada. Contudo, depois fiquei pensando: imagina se todo mundo sair fazendo tudo o que têm vontade, em especial os homens, que são muito mais propensos ao apetite sexual desenfreado.
Em momento algum aquilo mexeu comigo em relação ao propósito que tinha, de esperar para entregar o meu corpo ao meu marido. Meu desejo mais profundo, era pertencer somente a um homem e não interessava o quão ridículo as pessoas pudessem achar isso, se tratava do meu corpo, da minha vida e do meu futuro.
A questão é que isso era muito claro na minha mente e no meu coração, pois meu pai cuidava de mim e não sentia necessidade de buscar fora. No entanto, fiquei pensando em como outras moças, que não tinham essa presença paterna, poderiam interpretar isso que a médica estava falando. É óbvio que ela não quis dizer que eu deveria sair tendo relações sexuais com todo mundo que eu achasse atraente ou me agradasse. Só que aquilo que ela falou, poderia ter gerado uma ideia, de que não satisfazer o meu corpo nas suas vontades, poderia me prejudicar, enquanto que tenho aprendido por meio da Palavra, que devo dominar o meu corpo e fazer dele meu escravo.
Eu preciso cuidar dele no que diz respeito à alimentação, sono, higiene, atividades físicas e ter uma boa aparência. Todavia, o conceito de satisfazê-lo e deixá-lo comandar aquilo que vou fazer, está completamente errado.
A Palavra ensina, que se alguma parte do meu corpo me faz pecar, devo arrancá-la, e isso apresenta o poder que o nosso corpo pode ter, se entregarmos o controle a ele. Significa também, que por meio do nosso corpo, temos contato com o mundo natural, e se não submetermos ele a Cristo, podemos nos perder.
Sempre aprendi que deveria assumir as responsabilidades pelos meus atos, e foi por esse senso, que deixei de fazer muitas coisas que tive vontade. Muitas vezes, quando estamos com o coração amargurado, ou perdemos o sentido da vida em razão de algumas frustrações, saber que algo é errado ou imprudente, não serve para nos impedir de fazê-lo. Entretanto, o senso de responsabilidade, principalmente no que diz respeito à possibilidade de afetar outras pessoas, é um fator que pode nos ajudar a não fazer o que desejamos.
Não podemos desfrutar ou pensar apenas no presente, existe um futuro pela frente, e ele será reflexo das escolhas que fazemos hoje.
Esse é apenas um exemplo, de como conceitos distorcidos, podem influenciar à nossa vida, e neste ponto, entra a importância de se ter uma base familiar sólida e ser suprido emocionalmente.
Esse fato comprova, que a maior parte das tragédias e problemas enfrentados hoje, são resultado da desintegração familiar. Pois a quantidade de famílias divididas e destruídas é proporcional à quantidade de problemas que tem surgido e desestabilizado as pessoas.


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